segunda-feira, 25 de outubro de 2010

a política do "em cima do muro" de Marina


Muito tem se falado sobre a decisão de Marina Silva em relação ao 2º turno das Eleições 2010. Muitas críticas sobre sua neutralidade entre as opções para a presidência. Para os brasileiros, tudo é na base do "é ou não é". Bem, isso quando o ser ou não ser se mostrar confortável. E no caso de Marina ser 45 ou ser 13 era um fato desconfortável.
Vamos analizar agora alguns fatos


1. O povo, e mais especificamente dona Dilma seu Serra, estranharam muito a neutralidade de Marina. Na frente das câmeras, "ela tinha a opção, tem o direito, blá blá", mas o que a equipe de cada um dizia não condizia com o discurso de aceitação dos candidatos. Cada lado esperava o apoio de Marina.

2. O que mais se critica num candidato é sua falta de personalidade. Marina tentou ao máximo levar as discussões para o plano de governo, para os planejamentos a longo prazo. Botou as cartas na mesa e queria confrontar suas ideias com o que Roussef e Serra pensavam. Ponto pra ela. Serra e Dilma sabatinaram as "ideologias" de Marina, dizendo que ela pensava num mundo cor-de-rosa (apesar que a própria Marina disse isso de Dilma!), um planejamento sem muito fundamento e ambientalista até demais. Marina mostrou que o que ela enxerga é além do eventual mandato dela. Ela de fato olhou para o futuro do país.

Dito isso, cá entre nós, não seria de estranhar que Marina apoiasse a candidata do PT ou o do PSDB? Se ela o fizesse, nao estaria indo contra tudo o que ela falou e a favor daquilo que ela enxergava como um governo cartesiano?
Marina teve coragem e personalidade (o que alguns de seu próprio partido não estão tendo, né Gabeira?) de manter sua posição. Bateu o pé e eu bato palmas para ela por isso! Pena que nessa não foi. Mas em 2014, quem sabe...

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